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Bolsonaro fica em silêncio em depoimento à PF, diz defesa
Intimado pela Polícia Federal a depor no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro ficou nesta quinta-feira em silêncio, assim como quatro generais que integravam seu governo, entre eles os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI). O almirante Almir Garnier, que era comandante da Marinha, também se manteve calado. Já o ex-ministro Anderson Torres (Justiça); o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência responderam os questionamentos da PF.
O depoimento de Bolsonaro durou cerca de 15 minutos, em Brasília.
— O presidente já saiu, fez o uso do silêncio conforme a defesa antecipou — disse o advogado Paulo Cunha, alegando que a defesa não teve acesso a todos os elementos da investigação como o acesso à delação do tenente-coronel do Exército Mauro Cid.
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No total, foram intimadas 23 pessoas e os depoimentos estavam marcados para ocorrer de forma simultânea, a partir das 14h30. Quatorze deles foram realizados em Brasília, quatro no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um no Paraná, um em Minas Gerais, um em Mato Grosso do Sul e outro no Espírito Santo. Todos os convocados pela PF foram alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada há duas semanas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado Paulo Cunha afirmou que o ex-presidente não cometeu nenhum delito e disse ainda que Bolsonaro “não teme nada porque não fez nada”. E acrescentou que ele nunca foi “simpático” a movimentos golpistas.
— O presidente Bolsonaro nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista — afirmou.
Bolsonaro presta depoimento à PF em inquérito sobre tentativa de golpe esta quinta (22)
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Em nota, a defesa do ex-presidente disse ainda que Bolsonaro não abre mão de prestar depoimento, o que fará assim que “seja garantido o acesso” solicitado. “Não sendo demais lembrar que jamais se furtou ao comparecimento perante a autoridade policial quando intimado.”