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Boxeadora critica participação, nos Jogos Olímpicos de Paris, de atletas que não passaram em teste de gênero: ‘Perigoso’

A boxeadora australiana Caitlin Parker afirmou nesta quarta-feira que as lutas de boxe podem ser “incrivelmente perigosas” depois que se tornou público, na terça-feira, que duas lutadoras no torneio feminino das Olimpíadas de Paris que haviam sido reprovadas em testes de elegibilidade de gênero em 2023 foram liberadas para participar dos Jogos de Paris. A argelina Imane Khelif luta nesta quinta-feira no peso meio-médio (de 63,5 a 66,6 kg), enquanto que a taiwanesa Yu-ting está luta na sexta-feira pelo peso pena (de 55,3 a 57,1 kg).

Parker, que está na categoria até 75 kg, opinou sobre o assunto, apesar de não ter que enfrentar nenhuma das duas boxeadoras.

“Não concordo que seja permitido, especialmente em esportes de combate, porque pode ser incrivelmente perigoso”, disse a boxeadora de 28 anos, que derrotou a mexicana Vanessa Ortiz por decisão unânime por pontos nas quartas de final. “Não é como se eu nunca tivesse lutado contra homens antes, mas pode ser perigoso em esportes de combate e deve ser encarado com seriedade”, continuou. “É bom que essas coisas venham à tona e que o foco seja colocado em olhar em profundidade.”

Khelif e Lin foram desclassificadas da Copa do Mundo de 2023 em Nova Delhi, organizada pela Federação Internacional de Boxe (IBA), após serem reprovados nos testes de elegibilidade. A medalha de bronze de Lin foi retirada após passar em testes “biomédicos” encomendados pela IBA.

Porém, é o Comitê Olímpico Internacional quem organiza o boxe nos Jogos Olímpicos, devido a problemas de governança, financeiros e éticos da IBA.

Porta-voz do COI, Mark Adams disse aos repórteres nesta terça-feira que “todos que competem na categoria feminina o fazem em conformidade com as regras de elegibilidade da competição”.

“São mulheres nos passaportes e está estabelecido que são mulheres”, afirmou. “Essas atletas lutaram boxe inúmeras vezes durante vários anos” nas categorias femininas, “não acabaram de chegar (…), lutaram boxe em Tóquio”, concluiu.

O site do COI para mídia credenciada em Paris reconhece que Khelif foi desclassificada das Copas do Mundo devido a “níveis elevados de testosterona para os quais ela não excedeu os critérios de elegibilidade”.

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