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Chelsea perdeu em casa para o Forest no duelo de compradores compulsivos

Se Chelsea e Nottingham Forest fossem duas pessoas, com certeza poderiam fazer parte de algum programa de recuperação para pessoas com compulsão em comprar. Como são apenas dois times da Premier League, se enfrentaram neste sábado (2) em Stanford Bridge e o comprador mandante, o Chelsea, acabou saindo com o saldo negativo e uma derrota de 1 a 0 para o Forest, que mesmo com a vitória tem menos pontos no campeonato do que jogadores comprados no último dia de janela de transferências.

O Chelsea não esteve exatamente ativo como seu rival desta tarde no último dia da janela, mas se movimentou bastante antes disso e, inclusive com Mauricio Pochettino como técnico novo, está em fase de mudanças profundas. Mas essa fase tem trazido algumas consequências ruins e a maioria delas se reflete no desempenho em campo. Nas quatro primeiras rodadas da Premier League, os Blues agora acumulam apenas uma vitória, além de um empate e duas derrotas. Nada definitivo, mas uma mostra de que o time terá dificuldades.

Chelsea povoou o meio-campo e não conseguiu nada com isso

Pochettino começou com Conor Gallagher e Moisés Caicedo como volantes mais defensivos e Enzo Fernández acabou fazendo um papel de armador mais recuado, ainda que não tenha jogado como volante em nenhum momento. A sensação que esse posicionamento dos três deixou foi meio que de amontoamento, o que acabou afetando bastante a criação do Chelsea. Os londrinos não conseguiram em nenhum momento decidir por onde atacar, e o time pareceu meio torto em campo, mais deslocado para a direita, onde atuou Raheem Sterling.

Isso porque não havia outro ponta de origem, como Sterling, na escalação original. Nicolas Jackson, o centroavante, não se movimentou o suficiente para dizer que os dois duplaram na frente. E essa confusão tática do Chelsea foi tudo que o Nottingham Forest amarrasse o jogo no meio-campo e não deixasse que o Chelsea oferecesse muito perigo. Sair empatando seria ótimo resultado para os visitantes. Vencer, então…

No duelo dos times reforçados, melhor para o Nottingham Forest

Se tanto do lado azul quanto do vermelho novas caras povoavam o gramado, foi o Nottingham Forest quem viu um de seus refoços decidir a partida. O volante brasileiro Danilo jogava mais a frente no campo e sentiu, sendo substituído por Anthony Elanga, que chegou recentemente vindo do Manchester United. E foi dele o gol solitário que definiu o placar final.

Justamente em um destes momentos em que os meio-campistas do Chelsea pareceram amontoados em campo, Caicedo se atrapalhou com uma bola normal que recebeu de Malo Gusto e acabou cedendo a posse ao adversário. O nigeriano Taiwo Awoniyi aproveitou, acelerou a jogada e viu Elanga entrando livre para marcar o gol da vitória.

Pochettino ainda parece perdido no Chelsea

Chamou atenção na derrota para o Forest a má disposição tática do Chelsea desde o começo até o fim da partida. A bola perdida que gerou o gol foi uma bobeada de Caicedo, mas por um segundo dá para sentir seu desespero ao receber a bola e não ter muito o que fazer com ela. Durante todo o jogo, essa má distribuição dos jogadores em campo pareceu ferir o Chelsea.

Enzo correu muito na faixa atrás de Sterling e Jackson, atuando tanto dos lados como pelo centro, mas ele é um só e não consegue estar em todos os lugares. Pochettino pareceu perceber isso e colocou pontas em campo, mas aí perdeu a mão de novo. Primeiro, promoveu a estreia de Cole Palmer no lugar de Gallagher e de Noni Madueke no lugar de Ben Chilwell, o que deu algum equilíbrio tático ao time, com pontas dos dois lados trabalhando junto de Sterling e Enzo, mais ofensividade também. Mas não durou muito.

As mudanças seguintes trouxeram o lateral Ian Maatsen e o ponta Mykhaylo Mudryk nos lugares do também lateral Gusto e do volante Caicedo. A bagunça tática voltou a imperar, o Chelsea passou a jogar num abafa nada organizado e não conseguiu sequer igualar o marcador. Ponto negativo para Pochettino, que entrou mal e mexeu também de maneira ruim. Para o Forest, três pontos inesperados e que farão diferença na caminhada do time.

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