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É hora de comprar as ações da Americanas (AMER3)? Analistas respondem | Empresas
Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Way Investimentos, destaca que “o número veio melhor, com um prejuízo 23% inferior ao do período passado”. Para ele, isso evidencia a efetividade no processo de ajuste da companhia, ainda que seja “lento e doloroso”.
Por outro lado, ele destaca que a dívida da companhia permanece elevada, além também da elevada despesa financeira, o que torna o cenário ainda muito desafiador para a empresa e, consequentemente, para suas ações.
“Em minha análise, contudo, o balanço divulgado não deixa de ser uma boa notícia, olhando a médio e longo prazos, para os acionistas e também para a economia em geral, afinal, é preciso lembrar que a empresa é importante no segmento de varejo nacional“, afirma.
A dívida da empresa continua, sim, muito alta. Para se ter uma ideia, a Americanas encerrou os nove primeiros meses de 2023 com um patrimônio líquido negativo em R$ 31,2 bilhões, uma piora de 16,8% sobre os R$ 26,7 bilhões de passivos a descoberto que a empresa tinha ao fim de 2022. Isso significa, portanto, que a empresa tem mais obrigações financeiras do que bens e direitos para cobrir essas obrigações.
Por outro lado, Júlia Monteiro, analista da MyCap, afirma que apesar do aumento do passivo, ainda não houve um aporte dos principais acionistas, que são os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sucupira. Quando isso acontecer, tende a beneficiar mais a companhia. Sobre investir ou não em suas ações neste momento, a analista prefere ser cautelosa.