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entenda doença de Jorge Aragão

O cantor Jorge Aragão foi diagnosticado com um linfoma Não Hodgkin, câncer que afeta o sistema linfático, na manhã deste sábado (15). Segundo a assessoria do sambista, uma foi feita uma bateria de exames e o tratamento será iniciado imediatamente.
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“Aragão manterá seus compromissos profissionais imediatamente, à medida do que for possível”, diz a equipe do artista em nota.
A doença, que afeta 1,5 milhão de pessoas em todo mundo, ataca o sistema linfático, responsável pela imunidade do organismo, defendendo-o de vírus, bactérias e outras ameaças externas. Este tipo de câncer é considerado raro e agressivo, e já foi diagnosticado nos atores Reynaldo Gianecchini, Edson Celulari, Jane Fonda e Michael C. Hall, na ex-presidente Dilma, na dramaturga Glória Perez e no ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, que conseguiram se recuperar após o tratamento.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 20 tipos de linfomas não Hodgkin. O linfoma não Hodgkin costuma ser mais comum em pessoas mais velhas, mas também pode atingir crianças e adolescentes e adultos. Os linfomas são classificados de acordo com o tipo de célula linfoide e o comportamento biológico: os indolentes, com evolução lenta, e os agressivos, de crescimento rápido e mais invasivos.
A medula óssea produz glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Os glóbulos brancos são divididos entre neutrófilos e linfócitos. Cada um deles é responsável por uma barreira de defesa do organismo. Os linfócitos reconhecem os agentes agressores, como vírus e bactérias, por exemplo. Os do tipo B produzem anticorpos. Os do tipo T são responsáveis pelo ataque aos agentes agressores. Os linfomas são neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou linfonodos). Quando ocorrem mutações, as células alteradas podem parar em qualquer lugar do corpo.
Diagnóstico e tratamento
Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. A detecção da doença é feita por meio de exame de biópsia, exames de imagem (como tomografias e ressonâncias) e por exames das células do corpo. Após os exames, médicos avaliam a extensão da doença e a classificam de acordo com o tipo de linfoma: indolente, de crescimento relativamente lento (cerca de 40% dos casos), ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido.
O tratamento é feito por meio de quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, radioterapia e transplante de medula óssea, segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).
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Entre os principais sintomas do linfoma não-Hodgkin estão o aumento dos gânglios linfáticos sem dor (carocinhos, que geralmente aparecem na região do pescoço, virilha e axila), febre e fadiga, suor noturno, perda repentina de peso, aumento do volume do tórax e do abdômen, tosse, falta de ar e dor na região do tórax e aumento do baço (também chamado de esplenomegalia).
O linfoma não-Hodgkin é mais comum entre pessoas do sexo masculino. O envelhecimento aumenta a possibilidade do indivíduo desenvolver esse tipo de câncer. Além disso, as pessoas que já sofrem de doenças no sistema imunológico e as que foram expostas a substâncias químicas tóxicas, como pesticidas, solventes e fertilizantes, e também a altas doses de radiação estão mais suscetíveis a desenvolver o linfoma não-Hodgkin.