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InfinitePay vai a mercado de olho em R$ 2 bi de crédito a pequeno negócio | Negócios

A InfinitePay, negócio de maquininha que pertence à fintech CloudWalk, está se preparando para dar um novo impulso à operação de concessão de crédito voltada a pequenos negócios — um serviço chamado de InfiniteCash e que foi lançado há apenas 10 meses.

A companhia, que em menos de um ano atingiu a marca de R$ 200 milhões em originação de empréstimos para um público que vai do microempreendedor individual ao pequeno varejista, tem planos para chegar ao patamar de R$ 2 bilhões até o fim do ano que vem e, para isso, vai começar a buscar um parceiro que possa entrar com o funding.

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“No início, nós preferimos colocar capital próprio para levantar a operação. Queríamos criar um bom modelo e, nesse sentido, nada melhor do que colocar o próprio dinheiro”, conta Fabrício Costa, head da área de crédito da InfinitePay. “Mas, em um segundo ato, vamos a mercado para captar recursos e acelerar o produto.”

A ideia é fechar uma captação externa no primeiro trimestre de 2024, mas Costa diz que a companhia ainda não definiu qual será o modelo seguido. Admite, porém, que estruturar um FIDC, o caminho mais tradicional, é uma alternativa.

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Apesar do projeto, a InfintePay ainda tem capital de sobra para seguir ampliando a originação no curto prazo, além dos recursos que já foram emprestados e voltam com os pagamentos dos clientes. Até o fim deste ano, a expectativa da empresa é chegar a R$ 350 milhões em originações no InfiniteCash.

Nesse serviço, a InfinitePay aposta em modelo de concessão de crédito em que a cobrança é feita diariamente com uma taxa em cima do que o cliente faturou, mas somente nos dias em que houve venda, em um esforço para resolver uma dor relatada pelas próprias empresas. Por serem negócios de menor porte — e às vezes MEIs que trabalham com bicos para renda extra —, nem todos têm uma recorrência de receita para pagar os empréstimos com regularidade.

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Nesse segmento, a companhia tem uma base de cerca de 1 milhão de clientes, formada principalmente por nano, micro e pequenos negócios — público similar ao de empresas de pagamentos como PagSeguro, Mercado Pago e SumUp. Os nano incluem profissionais como motoristas de aplicativo, vendedores ambulantes e até quem tem mais de uma atividade, para complementar renda.

As concessões de crédito da InfinitePay são exclusivas para os clientes da empresa de maquininha, que recorre a um modelo de inteligência artificial que permite mitigar o risco a partir de uma análise detalhada da operação do negócio que está pedindo o empréstimo.

InfinitePay: companhia já originou R$ 200 milhões em crédito por meio do InfiniteCash — Foto: Divulgação

“Se o nosso cliente é um marceneiro, por exemplo, eu consigo analisar qual é o perfil de quem está comprando dele, se é um público de alta renda, se tem consistência. Se é uma padaria, vejo se o consumidor está voltando para comprar pão lá. Tudo isso ajuda na análise da concessão”, diz Costa.

Nesse modelo, o cliente pode escolher a taxa que será cobrada em cima de suas vendas, entre 10% e 25%. A depender do percentual escolhido, o prazo e os juros vão sendo ajustados. Os valores emprestados têm sido de R$ 500 a R$ 20 mil. A companhia evita falar em dados de inadimplência, mas diz que já identificou que 40% da base está apta a ter um limite de crédito pelos próximos 18 meses.

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