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Kyrie Irving: linha do tempo da estrela mais controversa da NBA

Nesta quinta-feira (6), quando a bola subir para o Jogo 1 das Finais da NBA entre Dallas Mavericks e Boston Celtics, com transmissão da ESPN pelo Star+, os olhos do mundo do basquete estarão vidrados nas maiores estrelas do esporte. Entre eles, Kyrie Irving.

O armador é o segundo principal jogador dos Mavericks e tem sido um dos melhores do pós-temporada da NBA. Com isso, Kyrie tem recebido o carinho dos fãs e nas redes sociais, mas nem sempre foi assim – e nem de todo mundo. Irving é, muito provavelmente, a estrela mais controversa da NBA.

Kyrie Irving ganhou popularidade mundial antes mesmo de entrar na liga. Pela faculdade de Duke, o armador mostrou todo seu potencial e chamou a atenção do mundo do basquete a ponto de ser selecionado na 1ª posição do Draft de 2011, pelo Cleveland Cavaliers.

Em Cleveland, foi eleito Calouro do Ano em 2011/12, All-Star pela primeira vez no ano seguinte e MVP (jogador mais valioso) do Jogo das Estrelas em 2013/14.

Quando LeBron James retornou aos Cavs em 2014, a dupla formou, ao lado de Kevin Love, um dos melhores trios da história da NBA e que seria campeão em 2016, na primeira virada de um 3 a 1 na história das Finais.

Ali, Kyrie se estabeleceu como uma das figuras mais adoradas da liga por conta de seu estilo de jogo encantador e, principalmente, sua habilidade para driblar a bola – para muitos, a maior da história da liga.

Início das polêmicas

No ano seguinte, porém, as polêmicas começaram. Em fevereiro de 2017, Kyrie passou a defender a ideia de que a terra era plana, o que trouxe muita controvérsia. O armador só viria a se desculpar sobre a questão em outubro de 2018, quando admitiu que “não entendia o efeito que suas palavras tinham nos mais jovens” e como isso “afetava a educação americana”.

Neste meio tempo, mais polêmicas. Em julho de 2017, Kyrie pediu para ser trocado e foi parar nos Celtics.

Em Boston, sua imagem com a liga mudou drasticamente. Na primeira temporada, o armador até obteve sucesso e chegou a ser finalista da Conferência Leste, levando os Cavs de LeBron até o Jogo 7 em 2018. Seus ex-companheiros, porém, levaram a melhor e Kyrie ficou a um passo das Finais.

Daí em diante, tudo começou a ruir. Em outubro de 2018, Irving pegou um microfone durante evento com torcedores dos Celtics no TD Garden e fez uma promessa: iria renovar ao final da temporada.

Três meses depois, os Celtics tinham dificuldades na temporada e Kyrie se envolveu na primeira polêmica. Com um elenco jovem, Boston oscilava bastante e o armador foi até a imprensa “culpar” os mais novos do elenco pela “montanha-russa” na temporada.

No mês seguinte, Kyrie deu os primeiros sinais de que não iria cumprir a promessa de renovar com os Celtics. No dia 1º de fevereiro, o armador começou a mudar seu discurso ao dizer que “era para todo mundo esperar o dia 1º de julho (quando começaria a free agency)” e que “não devia m*** nenhuma para ninguém”.

Duas semanas depois, durante o All-Star Game, Kyrie Irving foi flagrado conversando com Kevin Durant e “combinando” o futuro dos dois – dois anos depois, KD admitiu que foi naquele dia que eles começaram a planejar jogarem juntos.

Dos Celtics para os Nets

Eliminado nas semifinais da Conferência Leste, Kyrie cumpriu seu acordo com Durant e os dois assinaram com o Brooklyn Nets.

Na sua primeira temporada em Nova York, Irving se envolveu nas duas grandes polêmicas de sua carreira. Primeiro, o armador se recusou a tomar a vacina contra a COVID-19 durante a pandemia. Com isso, ele estava proibido de entrar no ginásio dos Nets por conta das leis estaduais e não poderia participar de metade da temporada dos Nets, que decidiu afastá-lo indeterminadamente.

Além de se recusar a tomar vacina, Kyrie passou a seguir perfis e engajar com postagens que diziam que “a vacina era um plano de ‘sociedades secretas’ que queriam conectar o povo americano a um computador gigante por conta de um ‘plano do demônio'”.

Em 2022, depois de já ter voltado a jogar e estar se estabelecendo novamente dentro das quadras, o armador foi suspenso pelo Brooklyn por mais uma polêmica fora das quadras.

No X (antigo Twitter), Kyrie recomendou um documentário bastante controverso, com um viés antissemita. A suspensão veio após o armador se recusar a postar um pedido de desculpas feito por Adam Silver, comissário da NBA, em suas redes sociais.

Ao falar de toda a polêmica, Irving se limitou a responder que “não havia sido ele quem havia feito o documentário” e questionou “por que ninguém cobrava a plataforma que mantinha o documentário no ar, apenas ele”.

Quando perguntado se ele tinha ideias antissemitas, Kyrie nunca respondeu enfaticamente que não. “Não posso ser antissemita se eu sei de onde vim”, foi a única resposta do armador sobre o assunto até hoje.

Nova troca de clube

Depois de voltar da suspensão, Irving teve atuações boas o suficiente para ser chamado como titular do All-Star Game de 2023 na Conferência Leste. Dias antes do jogo, Kyrie pediu para ser trocado dos Nets, mesmo estando jogando bem.

Em 6 de fevereiro de 2023, Irving foi trocado para o Dallas Mavericks, onde está até hoje. No Texas, o armador parece ter mudado sua postura e não se envolveu em nenhuma polêmica até hoje.

Mais focado nas quadras, Kyrie vive uma das melhores fases de sua carreira. Na temporada regular, o armador participou de 58 jogos e teve médias de 25,6 pontos e 5,2 assistências por partida.

Nos 17 jogos que fez na pós-temporada, manteve a média de assistências e os pontos caíram para 22,8 por partida, mas Kyrie tem formado com Luka Doncic a dupla mais “quente” dos playoffs.

Principalmente no último quarto de jogos equilibrados, os dois têm sido o maior fator decisivo na caminhada de Dallas até as Finais. Agora, chegou o momento dos jogos mais importantes do ano – e, quem sabe, da carreira de Kyrie.

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