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Por que a multinacional doTerra escolheu Santa Catarina para instalar fábrica

A multinacional americana doTerra, líder global em óleos essenciais e produtora de cosméticos, inaugurou a sua terceira fábrica mundial em Joinville, Santa Catarina, na tarde desta segunda-feira (21). A empresa informou que escolheu SC pela logística, qualificação dos trabalhadores, apoio e incentivos do setor público, segurança e pela beleza do Perini Business Park e da cidade de Joinville.

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Com investimento de R$ 50 milhões na nova unidade e geração de 50 postos de trabalho diretos, a empresa vai produzir 2 milhões de frascos de óleos por mês, que serão vendidos no Brasil. A meta é também exportar a partir dessa unidade. A nova fábrica conta com tecnologias 4.0, equipamentos de última geração e design moderno, adequados à produção de itens voltados ao bem-estar.

O presidente da companhia no Brasil, Paulo Bangerter, revelou no evento de inauguração que uma visita dele à Joinville, em 1977, acompanhado do pai, também influenciou na escolha da cidade para sediar a unidade. Contou que o pai, americano que trabalhava no país, gostava de Joinville e trouxe o filho para uma viagem à cidade, que também o encantou.

– Em 2012, quando eu comecei a trabalhar na doTerra com projetos estratégicos, foi dito para mim que entraríamos no Brasil. Eu estava gerenciando o crescimento internacional da doTerra e falei: o Brasil é um país especial. Nós vamos entrar no país apenas no momento em que tivermos a convicção de que vamos fabricar lá.

Naquela época, a doTerra global não era uma empresa muito grande. Hoje, ela está faturando cerca de US$ 3 bilhões. Naquela época, a receita global era de US$ 100 milhões. É uma satisfação dizer que a doTerra do Brasil, hoje, é maior do que era a doTerra Global em 2012 – afirmou Paulo Bangerter.

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O evento de inauguração contou com as participações de autoridades como o prefeito de Joinville, Adriano Silva; o presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) Kennedy Nunes, que representou o governador Jorginho Mello, e o secretário de Estado de Articulação Internacional, Juliano Froehner. Também participaram o senador Esperidião Amin, os deputados estaduais Maurício Peixer e Matheus Cadorin, o diretor de Operações da doTerra, Vinícius Santiago, além de vereadores e outras autoridades. A abertura teve apresentação da Orquestra de Câmara do Musicarium de Joinville, com regência do maestro Sérgio Ogawa.

Fundada há 15 anos na cidade de Pleasant Grove, estado de Utah, nos Estados Unidos, a doTerra está no Brasil desde 2018. Desde que entrou no país, tem crescido acima da média projetada, destaca do diretor geral da companhia no Brasil, Helton Vecchi.  

Diretor da doTerra Helton Vecchi, engenheira que liderou a obra da fábrica Luana Maciel, e o presidente da doTerra Brasil, Paulo Bangerter (Foto: Estela Benetti)

– Nós temos cinco anos de Brasil. Temos crescido de uma maneira muito mais forte do que imaginávamos. No quarto ano, atingimos nosso primeiro R$ 1 bilhão. Agora, queremos atingir nosso primeiro bilhão de dólares, isto é, R$ 5 bilhões. Pretendemos alcançar isso nos próximos três anos, em 2026. E depois, queremos dobrar de novo. Até 2030, queremos alcançar o segundo bilhão de dólares – afirma Helton Vecchi.

No ano de 2022, o mercado brasileiro foi o quinto maior da empresa no mundo. Primeiro os Estados Unidos, depois China, Japão, Taiwan e Brasil. No primeiro semestre, o pais passou o Japão e Taiwan, se tornando o terceiro maior mercado do mundo para a multinacional, que tem, também, fábricas na sede, em Utah, e na Irlanda.

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Pelas projeções da empresa, a unidade brasileira terá capacidade para atender o mercado somente até os próximos sete anos. Depois, deverá fazer uma expansão para produzir mais. O  secretário de Articulação Internacional, Juliano Froehner, aproveitou para falar com Bangerter e Vecchi e dizer que Santa Catarina tem interesse em sediar as próximas expansões da companhia.  O secretário deverá visitar a matriz da doTerra, em Utah, nos EUA, ainda este ano.

Desde que chegou no Brasil, a empresa utiliza portos catarinenses para suas importações e também exportações. Como não tinha fábrica no Brasil, conta com terceirizados que fazem produção de óleos. A doTerra exporta óleo de cítricos produzido na Região Sul e outros feitos de matérias-primas de outras regiões do país.

A estratégia de comercialização ao consumidor é diferente. A empresa tem consultoras para informar sobre os produtos nas suas áreas de influência, mas a venda é feita virtualmente pela fábrica. Na hora da compra, o consumidor informa o nome da consultora que o atendeu e essa recebe um percentual do valor adquirido.

Entre os óleos essenciais feitos com matérias primas brasileiras estão os cítricos, a partir de frutas da Região Sul, e o óleo da copaíba, extraído dessa planta na Amazônia. O plano é produzir mais óleos com produtos do Brasil, destacou Bangerter.  

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Kenedy Nunes, Esperidião Amin, Paulo Bangerter, Adriano Silva, Helton Vecchi e Vinícius Santiago (Foto: doTerra, Divulgação)

Prefeito destaca a liberdade econômica

Um fato que chamou a atenção no processo de instalação da doTerra é que a notícia não foi dada por autoridades municipais ou estaduais. O projeto começou há um ano, utilizando os incentivos oferecidos, e foi finalizado agora. O prefeito Adriano Silva enfatizou que esse é um exemplo de que a liberdade econômica funciona em Joinville e em Santa Catarina.

Uma empresa chega, avalia condições para instalar unidade, avalia os benefícios fiscais oferecidos e tem acesso a eles diretamente pelos canais digitais ou por equipes responsáveis. Por isso, o investidor não precisa falar com o prefeito, governador ou secretário. Depois, as autoridades foram informadas e convidadas para a inauguração.

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