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Rei Charles III é diagnosticado com câncer, diz Palácio de Buckingham

Nove meses após a sua coroação, o rei Charles III foi diagnosticado com câncer, informou nesta segunda-feira o Palácio de Buckingham. No comunicado, o palácio afirma que uma “questão distinta de preocupação foi observada” após a recente cirurgia na próstata, e que “uma forma de câncer” foi revelada, mas sem especificar qual e sem dar detalhes sobre o estágio da condição.

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Segundo o comunicado, o monarca já deu início a um cronograma de tratamento contra a doença, e, por isso, adiou compromissos reais em eventos públicos. Continuará, no entanto, com “os negócios do Estado e documentação oficial”.

“O rei agradece à sua equipe médica pela rápida intervenção, que foi possível graças ao seu recente procedimento hospitalar. Ele permanece totalmente positivo em relação ao seu tratamento e espera retornar ao serviço público o mais rápido possível”, afirma a nota.

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No fim de janeiro, Charles, de 75 anos, deu entrada em um hospital de luxo de Londres, no Reino Unido, para fazer uma cirurgia por um quadro benigno de próstata aumentada — comum entre homens a partir dos 60 anos. A necessidade do procedimento e o decorrente adiamento de compromissos do monarca foram revelados pela Corte britânica.

Apesar disso uma fonte próxima à Buckingham, citada pela agência Reuters, afirmou que não se trata de câncer de próstata, como se especulava quando a notícia foi divulgada.

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Antes de ser internado, Charles visitou a nora Kate Middleton na mesma unidade, onde a princesa de Gales passou por uma cirurgia no abdômen — a razão para o procedimento não foi divulgada, embora Buckingham tenha negado que seja câncer. Os dois receberam tratamento na London Clinic, o maior hospital de Londres, que já atendeu no passado a atriz Elizabeth Taylor e o ex-presidente americano John F. Kennedy, por exemplo.

Segundo o comunicado de Buckingham, Charles III decidiu compartilhar o diagnóstico “para evitar especulações” e para ajudar na “compreensão pública” das pessoas diagnosticadas com câncer em todo o mundo.

A transparência sobre a condição médica representa uma clara ruptura da monarquia britânica com o passado. A causa anunciada da morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II em setembro de 2022, aos 96 anos, foi a velhice — embora um biógrafo real tenha alegado que ela tinha câncer na medula óssea, uma informação que nunca foi confirmada oficialmente.

Já o pai de Elizabeth II e avô de Charles III, o rei George VI, um fumante inveterado, teve um pulmão removido em setembro de 1951, sem que o fato fosse tornado público. Ele nunca se recuperou, morrendo em fevereiro de 1952. Depois, descobriu-se que ele tinha câncer de pulmão.

O diagnóstico ocorre poucos dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertar que o número de novos casos de câncer detectados anualmente aumentará para quase 35 milhões até 2050, uma alta de 77% em relação aos 20 milhões identificados em 2022.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o monarca teria informado pessoalmente os seus filhos, príncipe William e príncipe Harry, sobre o diagnóstico, bem como seus três irmãos, Anne, a princesa real; Edward, duque de Edimburgo; e Andrew, duque de York.

Logo após a notícia ser divulgada, autoridades do Reino Unido e outros países publicaram mensagens de apoio ao monarca. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, foi um dos primeiros a se manifestar, desejando ao rei uma “recuperação completa e rápida”. “Sem dúvida, o rei voltará com força total em pouco tempo”, escreveu no X (antigo Twitter).

O líder trabalhista da oposição britânica, Keir Starmer, também enviou uma mensagem a Charles III na rede social, desejando ao monarca uma “melhora completa”. Outros políticos britânicos que se manifestaram foram os premiers da Escócia, Humza Yousaf; da Irlanda do Norte, Michelle O’Neill; e Mark Drakeford, do País de Gales.

Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse estar “preocupado” com o diagnóstico do rei, e afirmou a repórteres que “espera conversar com ele em breve”.

Já o ex-presidente Donald Trump — que, assim como Biden, também está em ritmo de campanha para a nomeação para as eleições de novembro —, afirmou em sua rede social, Truth Social, que Charles “é um homem maravilhoso”, e disse que “todos rezam para que ele tenha uma recuperação rápida e completa”.

A coroação veio alguns meses depois, em 6 de maio, na Abadia de Westminster. Lá, a extravagante cerimônia coroou Charles e Camilla, sua rainha consorte, diante de milhares de convidados, refletindo o respeito por uma longa tradição, mas também o desejo de desenvolver uma monarquia que muitos britânicos consideram ultrapassada. Seu reinado muitas vezes é visto como uma transição para o seu filho William, o primeiro na linha de sucessão.

Soma-se ao fato que William, de 41 anos, é muito mais popular que o próprio rei (e o mais popular entre os membros da família real britânica), com 68% de aprovação, de acordo com uma pesquisa recente do YouGov. William está à frente de sua tia, a princesa Anne, com 67%, e de sua esposa Kate, com 63%. O rei, por sua vez, aparece apenas na sexta posição, com 51%.

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